The Kick Inside (Kate Bush) 1978
O disco de estreia da cantora Pop Inglesa, Kate Bush é um marco da música no final dos anos 70, Kate com sua personalidade e estilos excêntricos e uma voz potente conquistou o público e também a crítica, The Kick Inside foi muito bem nas paradas elevando logo em seu primeiro trabalho a popularidade da cantora, Kate não se resume apenas o Pop mas flerta com diversos estilos como o Rock, Folk e Música Barroca, e a forma como organicamente ela transita entre diversos gêneros é o ponto alto desse disco, a voz Soprano e Teatral de Kate também não passa despercebido pelo ouvinte, ela se destaca justamente por não tentar copiar outras cantoras já famosas e ter criado seu próprio timbre dentro de sua música, fazendo com que seu som e sua voz soem autênticos, The Kick Inside possui uma grande produção, cheio de instrumentos, nuances e arranjos. É um disco que tem uma parede sonora muito complexa e com várias camadas, sua complexidade os experimentalismos da cantora além de suas letras também não passarão despercebidos. As faixas de destaque ao meu ver são, Moving, The Saxophone Song, Strange Phenomena, a linda belíssima Wuthering Heights, na minha opinião é a melhor performance da Kate em toda sua carreira, James and the Cold Gun também é uma ótima música, entre outras faixas que marcam o disco como 'L'Amour Looks Something Like You e Them Heavy People. A autenticidade e o estilo próprio de Kate Bush chamam muita atenção, não é um disco comercial, com certeza, se você espera um Pop tradicional e genérico como muitos outros por ai, vai se decepcionar, a cantora apesar de flertar com Pop não fica numa zona de conforto e explora várias sonoridades durante as músicas, The Kick Inside talvez seja até hoje o melhor álbum da cantora e meu favorito também. E volto a ressaltar que Wuthering Heights é a melhor performance de toda a carreira de Kate Bush, vocais impressionantes e belíssimos. É um disco não tão palatável e fácil de ouvir por ser muito complexo, mas talvez você não vá se arrepender de dar uma chance. Qualidade musical Kate Bush tem de sobra, mas ela não se preocupa muito em ter músicas para tocar em rádios, seu foco e na pura e crua arte da música e em todas as suas camadas que sejam possíveis oferecer. A arte as vezes não é tão agradável e de fácil assimilação, é o que acontece talvez com os discos de Kate Bush e o que pode afastar algumas pessoas. Uma leve curiosidade, David Gilmour do Pink Floyd tinha um amigo em comum com Kate e esse amigo mostrou para ele as demos que a cantora tinha gravado anteriormente e ele aceitou participar da produção de The Kick Inside, as faixas The Man With The Child In His Eyes e The Saxophone Song foram gravadas por ele. No começo de sua carreira a cantora já teve um apoio de peso do lendário guitarrista. Além de Gilmour outros músicos como os do Alan Parsons Project também ajudaram Kate. E nesse final dos anos 70 o Reino Unido e o resto da Europa já tinham experimentado a virtuose do Rock Progressivo como o próprio Pink Floyd, Genesis ou Yes, The Kick Inside foi bem aceito por flertar com esses experimentalismos da época, o disco funciona como uma peça de teatro musical imprevisível, essa era a exata sensação que Kate queria passar para o público além dos clipes e performances ao vivos terem muitas danças e coreografias feitas pelas cantora que complementam visualmente seu som e passam mais ainda ainda uma ar cênico para seu trabalho. A capa do álbum também chama atenção e apela para o visual e atmosfera artísticos que Kate sempre transpôs e viriam continuar a transpor em seus seguintes trabalhos como Lionheart, Never For Ever e The Dreaming.
Faixas:
1: Moving.
2: The Saxophone Song.
3: Strange Phenomena.
4: Kite.
5: The Man With The Child In His Eyes.
6: Wuthering Heights.
7: James and the Cold Gun.
8: Feel It.
9: Oh to be in Love.
10: L'Amour Looks Something Like You.
11: Them Heavy People.
12: Room for the Life.
13: The Kick Inside.
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