Senjutsu - Iron Maiden (2021) Tem seus bons momentos, mas...


 

Senjutsu é o sucessor de The Book of Souls após 6 anos de intervalo entre um e outro, o disco vendeu bem e também alcançou boas posições nas paradas musicais, nada como o que a banda alcançou em sua época de ouro mas Senjutsu também não fez feio. Era um álbum muito esperado já que a mais de 5 anos não havia nenhum lançamento, pra alguns a expectativa foi alcançada e para outros não, o disco dividiu opiniões e o principal motivo disso é a duração de suas músicas, quase todas as faixas passam dos 6 ou 7 minutos, algumas chegam até a marca de 12 minutos, isso tornou o disco cansativo para alguns ouvintes e para este aqui que vos escreve também, Senjutsu é dividido em dois discos, já que se trata de um álbum duplo. O disco 1 tem alguns destaques como a faixa título, Stratego, The Writing on the Wall, Lost In A Lost World e Days Of Future Past, essa sequência de músicas realmente impressiona e da força à essa primeira parte, os problemas começam realmente no Disco 2. A segunda parte só tem 4 músicas, porém 3 delas passam de 10 minutos e Darkest Hour conta com os seus 7:20. De fato a segunda parte é demasiadamente longa demais e soa como uma barriga para o restante do álbum, não que não tenha músicas boas, gosto do Death Of The Celts, mas precisava mesmo ter mais de 10 minutos em 3 músicas seguidas? O Iron Maiden está tentando impressionar a quem? Os seus fãs? simplesmente Steve Harris e cia não devem nada para ninguém, mas essa escolha artística de ingressar a banda de vez ao Metal Progressivo incomoda os fãs mais puristas, principalmente os da sua áurea fase nos anos 80, não é em Senjutsu que o Iron Maiden começou a apresentar músicas longas, mas é aqui que sentimos mais esse cansaço. O disco soa em alguns momentos megalomaníaco e pretencioso demais, poderia sim ser mais curto e não ter uma duração de mais de 1 hora, chegando quase a 1 hora e meia. Mas não acho que Senjutsu seja um desastre completo, pelo contrário, é um disco que tem seus bons momentos apesar dos deslizes e de uma decisão criativa bem equivocada ao meu ver, quando se trata de composições. Mas enfim, ouça e tire suas próprias conclusões, ao meu ver é só um disco mediano e mais do mesmo do que a banda já havia fazendo em A Matter of Life and Death, The Final Frontier ou The Book of Souls. Mas há quem diga que esse é um dos melhores álbuns...enfim, questão de gosto pessoal. Se você espera um disco revolucionário, vai se decepcionar, mas o que se encontra aqui é um feijão com arroz, o mesmo som dos discos anteriores e mais recentes, o que é de fato muito bem feito por sinal, mas ainda soa como se banda pudesse ter lançado um trabalho bem superior ao mostrado. Iron Maiden não deve nada pra ninguém, mas lançar discos medianos apenas pra encher linguiça não é uma decisão muito inteligente ao meu ver.


Faixas:


Disco 1:


1: Senjutsu. (Adrian Smith/Steve Harris)

2: Stratego. (Janick Gers/Steve Harris)

3: The Writing on the Wall. (Adrian Smith/Bruce Dickinson)

4: Lost In A Lost World. (Steve Harris)

5: Days Of Future Past. (Adrian Smith/Bruce Dickinson)

6: The Time Machine. (Janick Gers/Steve Harris)


Disco 2:


1: Darkest Hour. (Adrian Smith/Bruce Dickinson)

2: Death Of The Celts. (Steve Harris)

3: The Parchment. (Steve Harris)

4: Hell On Earth. (Steve Harris)


Créditos:


Bruce Dickinson: Vocais.

Dave Murray: Guitarra.

Janick Gers: Guitarra.

Adrian Smith: Guitarra.

Steve Harris: Baixo/Teclado/Coprodução.

Nicko McBrain: Bateria.


Produção: Kevin Shirley.




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